Por Uma Intelectualidade Cristã!







segunda-feira, 29 de novembro de 2021

CREDIDIMUS CARITATI

 

"893 – Que é a Caridade? A Caridade é uma virtude sobrenatural, infundida por Deus em nossa alma, pela qual amamos a Deus por Si mesmo sobre todas as coisas, e amamos o próximo como a nós mesmos por amor de Deus". (Catecismo de São Pio X).

 

            A Caridade é a rainha de todas as virtudes e a que mais caracteriza o espírito católico, com efeito, diz-nos Nosso Senhor: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (São João 13, 35, tradução do Padre Matos Soares, a partir da Vulgata). Não podemos esquecer essa parte fundamental da Doutrina Católica, ou melhor, a própria razão de ser de tal Doutrina e aquilo que permeia toda ela, pois não há nenhum artigo de Fé no qual a Caridade não esteja presente de algum modo.

            Amor a Deus sobre todas as coisas e amor ao próximo como a nós mesmos por amor a Deus: é por esse amor que devemos lutar pela pureza da Fé, pela integridade dos costumes; é por esse amor que devemos fazer apostolado, preocupar-se com a salvação das almas, buscar a Glória de Deus; é por esse amor que devemos praticar obras de misericórdia, ser gentil, ser paciente, cumprir o dever de estado, combater o pecado, rezar o Rosário; é por esse amor que devemos lutar pelo Reinado Social de Nosso Senhor Jesus Cristo. E assim instaurar e restaurar tudo em Cristo, a Caridade encarnada e crucificada. Lembrando que o que importa não é a grandeza do que fazemos, mas a grandeza da Caridade presente no que fazemos, até porque não pode ser pequeno aquilo que é feito com grande Caridade.

            Espelhemo-nos em Dom Lefebvre, cuja divisa episcopal intitula este pequeno texto. Ele se notabilizou por sua firme defesa da Fé, mas em tal firmeza, em tal intransigência mostravam-se claramente a serenidade e a mansidão, sinais sensíveis da Caridade que o animava.

            E para finalizar gravemos em nosso coração, em nossa inteligência e em nossa memória aquele hino insuperável que o Espírito Santo inspirou ao Apóstolo São Paulo:

 

            “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como um bronze que soa, ou como um címbalo que tine. E, ainda que eu tivesse o dom da profecia e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e tivesse toda a fé, até ao ponto de transportar montes, se não tiver caridade, não sou nada. E, ainda que distribuísse todos os meus bens no sustento dos pobres, e entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, nada (disto) me aproveita.

            A caridade é paciente, é benéfica; a caridade não é invejosa, não é temerária; não se ensoberbece, não é ambiciosa, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.

            A caridade nunca há-de acabar; mas as profecias passarão, e as línguas cessarão, e a ciência será abolida. Porque imperfeitamente conhecemos, e imperfeitamente profetizamos. Mas, quando vier o que é perfeito, será abolido o que é imperfeito. (...)

            Agora, pois, permanecem (como necessárias para todos) estas três coisas: a fé, a esperança, a caridade; porém a maior delas é a caridade”. (Epístola de São Paulo aos Coríntios 13, 1-10. 13, Tradução do Padre Matos Soares, a partir da Vulgata).

sábado, 18 de setembro de 2021

ESSE CORAÇÃO É O SAGRADO!

 

Encimado pela Cruz

Repleto do Fogo ardente da Caridade

Rodeado de Espinhos

Vertendo o Sangue Redentor.

Eis o Coração Sagrado,

Que tanto ama os homens

E é por eles tão desprezado.

 

Cruz que salva

Fogo que abrasa

Espinhos que coroam

Sangue que redime.

Eis o Coração Sagrado,

Que tanto ama os homens

E é por eles tão desprezado.

 

Coração, Cruz, Fogo, Espinhos e Sangue

Onde pode haver algo mais digno de confiança?

Eis o Sagrado Coração,

Ladeado por duas Mãos Chagadas:

Uma que O aponta

Outra que te abençoa.

Eis o Sagrado Coração,

Abrigado no Peito de Alguém que te olha

Olha tu para Ele

Olha tu para o teu

Quanta diferença!

E quanta indiferença!

No lugar do coração, pedra.

No lugar da cruz, deleites.

No lugar do fogo, frieza.

No lugar dos espinhos, vaidade.

No lugar do sangue, nada...

Mas olha tu para Ele

E coloca tuas lágrimas em Seus Pés,

Que aí também encontrarás Chagas

E eis que:

No lugar da pedra, coração

No lugar dos deleites, a Cruz

No lugar da frieza, o fogo

No lugar da vaidade, espinhos

No lugar do nada, sangue.

 

Eis o Coração do Deus amante

Diante do qual todo coração diga:

Fazei-me a Ti semelhante.