O termo “liberdade” teve seu
significado distorcido pelos liberais em tão alto grau que é praticamente
impossível utilizá-lo no bom sentido. Ao usar tal palavra corre-se o risco de
que nosso interlocutor entenda tal termo em sentido liberal, já que é neste
sentido que essa palavra circula. Sendo assim, se queremos dar a esse termo o
sentido correto precisamos sempre exorcizá-lo com outras palavras ou
explicações. É por isso que atualmente o católico sério raramente dele se vale,
enquanto os católicos incautos dele se utilizam irrefletidamente acabando por
fazer propaganda do liberalismo.
Os liberais de tal modo
monopolizaram essa palavra, de tal modo a conspurcaram que ela se tornou medonha e terrível, a ponto de quase sempre indicar, onde quer que apareça, uma
afronta a Deus. Na boca dos liberais, “liberdade” virou “non serviam”.
Quando vem no plural aí sim é que
ganha uma faceta horrenda, posto que mais nítida: “liberdades” é o mesmo que
“legião”, é o demônio acompanhado de seus sequazes.
Quanto aos católicos liberais ou
contaminados da peste liberal, desses que têm na cabeça mais Mises que
catecismo, devemos aplicar uma máxima evangélica que serve, na verdade, para
qualquer um: “a boca fala do que está cheio o coração”. E que palavras têm
esses? Mais palavras para a defesa das “liberdades” que para a defesa dos
Direitos de Deus; mais vitupérios contra o que “ameaça a democracia” que contra
o que ameaça a pureza da fé; têm na boca, por fim, mais “viva a liberdade!” que
“Viva Cristo Rei!”.