Por Uma Intelectualidade Cristã!







segunda-feira, 22 de outubro de 2018

“DEMOCRACIA”, “INTOLERÂNCIA”, “AUTORITARISMO”: PAPO EFEMINADO


          

          Qualquer um que tenha ao menos um pouco de clareza intelectual e a utilize para entender o mundo atual sabe que o relativismo é um dos seus princípios fundamentais. É considerado, em geral, falta de educação dizer que alguém está errado sem antes desculpar-se e dizer que respeita sua opinião. A tudo que se vai dizer é exigido um “na minha opinião” antes, ainda que seja a obviedade mais patente.
            O relativismo diz que a verdade absoluta não existe para então tornar-se ele próprio a verdade absoluta. A conseqüência do relativismo foi dar aos erros os privilégios que são próprios da verdade e do bem. Vamos aos exemplos: a democracia é o “dogma” político por excelência, não se pode atacá-la, é um valor absoluto a ser defendido. Ora, esse é um privilégio da verdade, logo a democracia desfruta do privilégio que só caberia à verdade. A liberdade de dizer falsidades, heresias, blasfêmias é outro dogma atual que goza de ampla proteção.
            A proteção merecida que se deveria dar ao bem e à verdade é dada ao mal e à mentira. O respeito a todas as falsas religiões alia-se ao desrespeito para com a única religião verdadeira; o respeito a todas as opiniões atrela-se ao desrespeito para com a verdade; o respeito destinado às falsas liberdades vem junto com o desrespeito pela única liberdade verdadeira, que é a liberdade de praticar as virtudes e amar a Deus sobre todas as coisas.
            Infelizmente muitos que combatem contra a esquerda utilizam esses falsos princípios para atacá-la e então protestam dizendo que a esquerda não é tolerante, que a esquerda não é democrática, que a esquerda não aceita quem pensa diferente, etc. A palavra “intolerante” não diz nada, pois o que importa é o que se tolera e o que não se tolera. A esquerda tolera e incentiva: o aborto, o homossexualismo, a criminalidade, etc. Por outro lado a esquerda é intolerante com a família tal qual Deus a criou, com o patriotismo e com os princípios católicos em geral. Portanto usar esses conceitos amplamente difusos na “opinião pública” não nos ajuda a compreender as coisas como elas são e ainda acaba nos tornando reféns da própria mentalidade que visamos combater.
            É com tristeza que vejo alguns, tentando aparentemente fugir do rótulo de “homofóbicos”, exercerem certa condescendência imprópria com homossexuais ostensivos. Chegam então a dizer que o problema não é o homossexualismo, mas apenas a promoção desta prática nas escolas. Se não queremos que seja promovido nas escolas é porque se trata de uma imoralidade, simples! Mas há aqueles que querem ser “tolerantes” e então caem nesta contradição flagrante: o problema não é ser homossexual o problema é ser ativista homossexual e querer doutrinar as crianças[1]. O erro aqui é o seguinte: abre-se mão de um princípio moral para não ser rotulado de “homofóbico”. A solução que vejo para essa questão é a seguinte: o homossexualismo é uma imoralidade e isso nunca pode ser esquecido, portanto deve ser dito e não minimizado, não se pode dar a entender que seja uma postura aceitável. Os homossexuais que não queiram abandonar suas práticas devem ao menos ter a consciência de que não devem alardear isso como algo correto. Não é possível lutar a favor da família tradicional, do catolicismo e ao mesmo tempo ser condescendente com práticas imorais. Reconheço que seja legítimo que alguns homossexuais estejam descontentes com a esquerda e queiram uma situação em que os princípios morais sejam mais respeitados, mas cabe a eles lutar contra os seus vícios e terem a caridade de não propagar a imoralidade.
            A campanha do Haddad ilustra esse emaranhado relativista e confuso. Aqueles que sempre atacam o sentimento patriótico, agora apelam para esse sentimento e usam um logotipo verde e amarelo; aqueles que sempre falam em direitos humanos e desencarceramento querem ver seus adversários na cadeia; Aquele que representa os que seguem Karl Marx que dizia que “a religião é o ópio do povo” agora vai à Igreja e como se não bastasse sua hipocrisia comete o terrível sacrilégio de receber o Santíssimo Sacramento; Negam a verdade absoluta, mas acusam os adversários de propagarem “fake news”.
            O que é isso? Será inconsciência pura e simples dos próprios atos? Será a idéia de que é necessário e permitido mentir para atingir um objetivo bom? Seria a idéia de que é preciso fingir que existe uma verdade absoluta para que triunfe uma “verdade relativa”? Qual é o fim último que visam? Será que acreditam no que dizem? Não sei o que se passa na cabeça dessas pessoas.
            A esquerda pode tranquilamente, pois tem amplo apoio para isso, pregar uma coisa e depois fazer exatamente o oposto. E parece ser a única que tem esse privilégio. Pode pregar contra a violência e depois praticá-la ou apoiá-la, pois sua violência é a única que é do bem; podem exigir tolerância, mas deve-se lembrar que essa tolerância é para ela mesma e não para os “intolerantes”.
            Não nos enquadremos entre tolerantes ou intolerantes; democráticos ou autoritários, pois isso não quer dizer nada. Sejamos simplesmente católicos e pratiquemos as virtudes tais quais as conhecemos racionalmente: Fé, Esperança e Caridade; Prudência, Temperança, Justiça e Fortaleza. É isso e acabou! O resto é esse papo efeminado que ouvimos por aí.



[1] A faixa etária não muda aqui a natureza moral do ato, pois a promoção de condutas imorais não se torna lícita pelo fato de ser difundida em uma suposta faixa etária “adequada”.

sábado, 13 de outubro de 2018

O ABORTO É UM ASSASSINATO, INCLUSIVE EM CASOS DE ESTUPRO OU ANENCEFALIA


            Há pessoas que reconhecem que o aborto é um assassinato, mas o aceitam como moralmente lícito em caso de estupro ou anencefalia. O objetivo deste texto é provar que o aborto não deixa de ser um assassinato nos referidos casos.
            Quanto ao aborto em caso de estupro podemos ponderam o seguinte:
            1- Obviamente o bebê não deve pagar por crime algum, pois é um inocente. Infelizmente em muitos lugares do mundo não há pena de morte para estuprador, enquanto os bebês podem ser brutalmente assassinados impunemente.
            2- Dizem que a mulher não deve ser obrigada a carregar o filho de um estuprador, no entanto devemos lembrar que o filho não é apenas do estuprador, de modo que ao fazer o aborto a mulher mataria o seu próprio filho. Seria uma tentativa absurda de remediar um crime praticando outro. É importante destacar que o aborto seria um assassinato ainda que anulasse completamente o trauma causado pelo estupro, pois é evidente que não posso tirar a vida de um inocente para eliminar um trauma. O caso, no entanto, é que o aborto não elimina o trauma causado pelo estupro, pelo contrário, acrescenta outro trauma: o trauma de ter assassinado o próprio filho. Seriam então dois traumas e dois crimes. Atitude duplamente absurda: remediar um crime com outro crime; remediar um trauma com outro trauma.
            3- Se o estupro causar um trauma insuperável a ponto de a mulher não conseguir criar a criança, ela poderá ceder a guarda da criança para outra pessoa ou instituição.
            Quanto à anencefalia:
            1- Trata-se de uma deficiência e obviamente ninguém pode ser morto por esse motivo.
            2- Mesmo que viva pouco tempo tem o direito de nascer; viver o tempo que Deus quiser; ser batizado; receber uma sepultura digna etc.
            Infelizmente há figuras públicas que se posicionam contra o aborto, mas não combatem esse mal em toda sua extensão. Para reforçar o que foi dito acima, citarei em seguida um pequeno livro intitulado: Catecismo Contra O Aborto do Pe. David Fracisquini:

“46. Por que obrigar uma mãe a dar seqüência a uma gravidez resultante de estupro ou incesto?
— Matar a criança é um crime maior que o próprio estupro ou incesto. Se o estuprador não é condenado à morte, por que o seria a criança inocente?

47. Então a mãe vai ter que suportar a associação daquela criança, durante o resto da vida, à imagem indelével do estuprador?
— Se a associação da imagem do filho com o fato do estupro produzir um trauma irremovível, ainda há o remédio de entregar o bebê a pessoas ou instituições que possam adotá-lo. (...)

48. Pode-se abortar a criança para salvar a vida da mãe?
— Não. Assim como não se pode matar a mãe para salvar a criança, não se pode matar a criança para salvar a mãe. Com os avanços da ciência médica, esses casos praticamente deixaram de existir. E a medicina tem hoje recursos para salvar os dois, e deve fazer tudo para isso.

50. A anencefalia é o novo “cavalo de batalha” dos abortistas. A constatação da anencefalia justifica o aborto?
— O significado literal da palavra anencefalia é sem cérebro. Na realidade, significa uma falha na formação do embrião, em que este não desenvolve as partes superiores do cérebro (calota craniana, tecidos que a ela se sobrepõe, hemisférios cerebrais e cerebelo). Ele possui uma parte do sistema nervoso central que lhe permite respirar e manter funcionando coração, pulmões, rins e fígado. Deve-se admitir a possibilidade de alguma consciência e capacidade de sentir dor. Alguns bebês anencéfalos que viveram alguns dias ou até meses levam a crer nessa possibilidade.

51. Então o anencéfalo não é um morto cerebral?
— Absolutamente não. A morte do anencéfalo normalmente ocorre por insuficiência respiratória.

52. Mas se o anencéfalo não tem possibilidade de sobreviver, não seria melhor evitar para a mãe esse trauma da morte logo após o nascimento?
— Não. Ninguém pode atentar contra o direito do anencéfalo de nascer, viver o tempo que lhe for dado por Deus, receber um nome próprio, ser batizado, morrer em paz e ter sepultura digna. Muito ao contrário de ser esquartejado pelo médico, sugado para fora do útero materno e jogado na lata de lixo hospitalar. Quanto à mãe, se abortasse, certamente estaria sujeita à síndrome pós-aborto, com todas as conseqüências físicas, psicológicas e morais já descritas.

54. Mas o que justifica tanto desvelo por um anencéfalo que vai mesmo morrer logo após o nascimento, se é que não nasce morto?
— É fato que muitas dessas crianças nascem mortas, e a maioria vive umas poucas horas. Mas há algumas que vivem dias, semanas e até meses, por vezes mais de um ano. Nesse período, tem-se constatado um maravilhoso relacionamento humano, especialmente com a mãe, mas também com parentes e acompanhantes que cercam com desvelo o anencéfalo. Mas, sobretudo, o que se deve ter em conta são os misteriosos desígnios do Criador, que deu tão pouco tempo de vida a essa criatura. O Dr. Albert Niedermeyer, Doutor em Medicina, Filosofia e Direito, Catedrático da Universidade de Viena, tece profundas considerações a esse respeito: ‘Sob o ponto de vista sobrenatural, não há vida indigna de ser vivida. Ao enfermo aparentemente mais perdido são aplicáveis as inspiradas palavras de Santo Tomás: ‘É melhor para ele ser assim do que não ser em absoluto’. Para compreender esta sentença, é indispensável poder conceber que todo ser representa uma participação no ser de Deus. Proposição misteriosa que, para a arrogância humana, incapaz de elevar o olhar acima do terreno, poderá parecer loucura e escândalo, mas que na realidade nasce de uma profunda sabedoria.’”

terça-feira, 2 de outubro de 2018

SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS ME DEU DUAS ROSAS


         Narro neste pequeno texto uma Graça que recebi pela intercessão de Santa Teresinha do Menino Jesus. Peço a Deus poder, dessa forma, contribuir para a conversão dos que ainda não professam a Fé Católica (única verdadeira), bem como fortalecer a Fé, a Esperança e a Caridade dos que já pertencem ao aprisco de Nosso Senhor Jesus Cristo. Que este singelo testemunho sirva para a edificação de muitos. Ave Maria Puríssima!
            Já havia ouvido sobre a Novena das Rosas, mas até então não havia me decidido fazê-la. Assisti então a um vídeo que falava sobre essa novena. Resolvi então iniciá-la. É sabido que Santa Teresinha costuma dar rosas àqueles que rezam essa novena. Eu fiquei esperançoso de receber esse maravilhoso e terno sinal dessa grande Santa. E foi, de fato, o que ocorreu: no quarto dia da novena recebi duas rosas, uma branca e outra amarela, das mãos de cada uma das minhas duas filhas (uma de sete e outra de cinco anos). Não quero contar aqui muitos detalhes por motivos pessoais e também para não alongar a narração. Apenas gostaria, para finalizar, de dizer algumas circunstâncias que tornam o fato ainda mais extraordinário:

1- Consultei minha memória e não me lembro de ter ganhado rosas até aquele momento. Já tenho 31 anos.
2- Obviamente minhas filhas não sabiam que eu estava fazendo a novena.
3- Não é costume dar rosas para homem. Minha esposa e minha sogra estavam comigo na ocasião e não receberam nenhuma rosa das meninas.
4- Obviamente eu não pedi que elas me dessem rosas. Elas me ofereceram espontaneamente.
5- Eu recebi as duas rosas no dia do aniversário da morte de Santa Teresinha: 30 de setembro de 2018. Eu não sabia desse detalhe, fiquei sabendo quando contei a um amigo meu e ele me disse que era aniversário da morte dela, disse-me também que naquele mesmo dia havia rezado diante da imagem da Santa pedindo pela minha santificação entre outras preces que fez.

            Essa Graça bem própria do caráter meigo e afetuoso de Santa Teresinha guarda em si uma grandiosa verdade: os Santos nos ouvem e cuidam de nós. Deus se agrada em nos atender por meio daqueles que O amaram e amam sobre todas as coisas, e Ele quer esse amor de todas as pessoas.
            Eu guardarei essas duas rosas e peço a Deus que eu nunca me esqueça dessa Graça, peço também que eu possa corresponder a toda essa benevolência. Amém!
            Como agradecimento à Santa Teresinha transcrevo abaixo a novena para que outras pessoas também possam rezá-la:

NOVENA DAS ROSAS[1]

            (Esta novena pode ser iniciada em qualquer dia do mês. Há um grande número de amigos de Santa Teresinha que fazem a Novena das Rosas de 09 a17 de cada mês.)

OFERECIMENTO DA NOVENA

            “Santíssima Trindade, Pai, Filho, Espírito Santo, eu Vos agradeço todos os favores, todas as graças com que enriquecestes a alma de Vossa serva Santa Teresinha do Menino Jesus, durante os 24 anos que passou na terra e, pelos méritos de tão querida santinha, concedei-me as graças que ardentemente Vos peço (faça o pedido da graça) se for conforme a Vossa Santíssima vontade e para a salvação de minha alma.
            Ajudai a minha Fé e minha Esperança, ó Santa Teresinha, cumprindo mais uma vez vossa promessa de que ninguém vos invocaria em vão, fazendo-me ganhar uma rosa, sinal de que alcançarei a graça pedida.”

Pai Nosso
Ave Maria
Ave Maria
Ave Maria

            Reza-se em seguida 24 vezes: “Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, assim como era no princípio, agora e sempre, por todos os séculos dos séculos. Amém.”

Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós.


[1] Essa novena eu encontrei num livrinho chamado “Pensamentos de Santa Teresinha” editado pelas Escravas de Maria Rainha da Paz – Campo Grande MS. O blog do convento é escravasdemaria.blogspot.com