Por Uma Intelectualidade Cristã!







sexta-feira, 30 de novembro de 2018

COMO COMBATER A ANSIEDADE


        Comecemos por definir a ansiedade. Parece-me que a ansiedade tem dois tipos principais: o primeiro tipo é uma espécie de medo; o segundo tipo é uma mera agitação, um desejo de que algo ocorra logo. Concentrar-me-ei no primeiro tipo, que é o que verdadeiramente causa sofrimento. Se a ansiedade da qual nos ocuparemos é uma espécie de medo, definamos também a este de modo simples. O medo é uma sensação dolorosa que se sente diante de uma ameaça. Essa ameaça pode ser remota, provável ou iminente e tem graus variados de gravidade. A ansiedade, por sua vez, é um medo fraco que acelera o coração, deixa em estado de alerta e incapaz de sentir sensações agradáveis (ao menos em parte); possui também a característica de  estar sempre acompanhada de certa angústia. Geralmente a ansiedade é prolongada e não se sabe dizer o seu porquê; porém às vezes possui um motivo especifico e nesse caso, geralmente só dura até iniciar-se o acontecimento que se temia. A ansiedade é potencializada pela imaginação desordenada, pois esta representa vivamente situações hipotéticas que amedrontam.
            Cito agora um belo trecho de São João Maria Batista Vianney (Santo Cura d”Ars): “Quer queira, quer não, há que sofrer. Há uns que sofrem como o bom ladrão, e outros como o mau. Ambos sofriam igualmente. Mas um soube tornar os seus sofrimentos meritórios; e o outro expirou no desespero mais horrendo. Há dois modos de sofrer: sofrer amando e sofrer sem amar. Os santos sofriam tudo com paciência, alegria e perseverança, porque amavam. Nós, nós sofremos com cólera, despeito e enfado, porque não amamos. Se amássemos a Deus, seríamos felizes de poder sofrer por amor d’Aquele que se dignou sofrer por nós. No caminho da Cruz, meus filhos, só o primeiro passo custa. É o temor das cruzes que é a nossa maior cruz...
            Não se tem a coragem de carregar a própria cruz, faz-se muito mal; porquanto, façamos o que fizermos, a Cruz nos apanha, não lhe podemos escapar.  Que temos então a perder? Por que não amarmos as nossas cruzes e nos não servirmos dela para irmos para o Céu?... Mas, ao contrário, a maioria dos homens volta as costas às cruzes e fogem diante delas. Quanto mais correm, tanto mais a Cruz os persegue, tanto mais os fustiga e os esmaga de pesos... Se o bom Deus nos manda cruzes, nós nos agastamos, nos queixamos, murmuramos, somos tão inimigos de tudo o que nos contraria, que quereríamos sempre estar numa caixa de algodão; mas é numa caixa de espinhos que nos deveríamos pôr.”[1]
            É impossível viver sem sofrer. Mas há sofrimentos e sofrimentos. Há sofrimentos decorrentes de situações reais e há sofrimentos decorrentes da imaginação. Geralmente a ansiedade é proveniente de tomar por reais meras hipóteses que não sabemos se ocorrerão ou não, por isso é preciso livrar-se dela e agora vamos aos remédios que devem ser empregados para tanto.
            Muitos dos nossos sofrimentos perduram por não usarmos as armas de que dispomos, por isso é importante conhecê-las e aprender a manejá-las. Outro empecilho é o esquecimento: prolongamos certos sofrimentos que poderiam ser evitados pelo simples fato de que nos esquecemos de combater.
            Qual poderia ser o remédio principal senão a oração?[2] O terço é uma arma poderosíssima e quem experimentar dessa arma poderá comprovar os seus efeitos. O terço nos ajuda a alcançar o Paraíso, e pode facilmente nos ajudar também no combate à ansiedade.
            Santa Teresa d’Ávila dizia que a imaginação era a louca da casa. É preciso, portanto, não dar ouvidos às desordens da imaginação.
            A disciplina afugenta a ansiedade, pois esta aumenta quando se perde tempo e quando se procrastina os deveres.
            A ansiedade chega a desaparecer quando se consegue concentrar em alguma atividade útil, pois então se esquecem as situações hipotéticas que amedrontam. Conversar com amigos também faz com que a ansiedade desapareça, pelo mesmo motivo apontado no caso anterior. Respirar bem fundo alivia por instantes a sensação corporal causada pela ansiedade, mas não ajuda muito. Caminhadas e exercícios físicos também podem ser um bom auxílio.
            Pensamentos inspiradores de ânimo e força também ajudam, pois, influenciando nossos sentimentos, nos movem a lutar. Por outro lado o sentimentalismo contribui para causar a ansiedade, pois enfraquece o caráter.
            Lembremos sempre do poder supremo que Deus exerce sobre todas as coisas e peçamos a ele a virtude cardeal da fortaleza para podermos superar as nossas dificuldades. Isso aumentará a nossa confiança em Deus e nos ajudará a superar a ansiedade, pois esta, na maioria das vezes, decorre de uma deficiência na confiança que temos em Deus. Citarei agora uma passagem do evangelho que deve ser lida, relida, decorada e meditada; pois aquele que, com a graça de Deus, lograr pôr em prática toda a sabedoria que ali se encerra, certamente eliminará de sua vida muitos sofrimentos inúteis.
           
            “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou dedicar-se-á a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e à riqueza. Portanto, eis que vos digo: não vos preocupeis por vossa vida, pelo que comereis nem por vosso corpo, pelo que vestireis. A vida não é mais do que o alimento e o corpo não é mais que as vestes? Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam, nem recolhem nos celeiros e vosso Pai celeste as alimenta. Não valeis vós muito mais que elas? Qual de vós, por mais que se esforce, pode acrescentar um só côvado à duração de sua vida? E por que vos inquietais com as vestes? Considerai como crescem os lírios do campo: não trabalham nem fiam. Entretanto, eu vos digo que o próprio Salomão no auge de sua glória não se vestiu como um deles. Se Deus veste assim a erva dos campos, que hoje cresce e amanhã será lançada ao fogo, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Não vos aflijais, nem digais: que comeremos? Que beberemos? Com que nos vestiremos? São os pagãos que se preocupam com tudo isso. Ora, vosso pai celeste sabe que necessitais de tudo isso. Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo. Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado.” (Mateus 6, 24-34).


[1] Recebi este trecho pelo celular e não sei dizer em que livro se encontra.
[2] De modo algum se pretende aqui reduzir o papel da oração a um mero artifício ou a um mero remédio psicológico. O principal fim da oração é obter as graças de Deus tendo em vista amá-Lo por toda a eternidade no Paraíso. Podemos, obviamente, recorrer a Deus pedindo ajuda para nossos problemas terrenos, mas nunca devemos perder de vista o nosso fim último.

domingo, 25 de novembro de 2018

A LEI DA PROVA


          — Muito bem, conforme o combinado, faremos agora a prova. A prova é sem consulta, pode ser feita a lápis; o valor da prova é quarenta pontos; as questões de múltipla escolha só possuem uma resposta certa; entregarei as provas viradas agora e só pode desvirar e começar a fazer quando eu disser. Vocês têm vinte minutos para fazer a prova.
            Só isso?!
            —É tempo mais que suficiente.Tudo foi friamente calculado.
            O professor termina então de entregar as provas e diz:
            — Pronto. Podem começar.
            — Iiiiii, não sei nada! – diz um aluno.
            — O nome vale nota?
            - Sem piadas, caso contrário, tomarei sua prova e darei zero.
            Passa-se um minuto e meio mais ou menos.
            — Professor.
            — Pois não.
            — Pode fazer a lápis?
            — Pode, pode fazer a lápis, à caneta, à canetinha, a giz de cera...
            — A carvão.
            (risos)
            — Já falei que é para permanecer em silêncio!
            — Oh professor, dá um minuto para olhar o caderno!
            — É mesmo professor! Deixa fazer em dupla!
            — Será que serei obrigado a tomar a prova de alguém?! – diz o professor irritado.
            Os alunos se aquietam então por uns sete minutos e se concentram na prova. O professor anda pelas filas da sala para fiscalizar se ninguém está colando.
            — Professor.
            — Pois não.
            — Pode escrever atrás da folha se não couber na frente?
            — Pode.
            — Pode pegar um livro de outra matéria para colocar a prova em cima?
            — Pode.
(...)
            — Professor.
            — Diga.
            — As de marcar x só têm uma certa?
            — Sim.
(...)
            — Professor.
            — Pois não.
            — Pode vir aqui um pouco.
            — Fala.
            — Não entendi muito bem essa parte: o que é lógica mesmo?
            — Não posso responder.
(...)
            — Professor.
            — Pois não.
            — Poderia vir aqui um pouco.
            — Fala.
            — Essa daqui, olha.
            — Sim.
            — Está certa?
            — Não posso dizer.
(...)
            — Quanto vale a prova mesmo?
            — 40.
(....)
            — Quando é a recuperação?
            — Não sei ainda.
(…)
            — Professor, o senhor divide a nota ou só soma?
            — Só somo.
(...)
            — Terminei a prova, posso entregar?
            — Não, vou pegar todas de uma só vez.
            — Pode desenhar atrás da prova?
            — Pode.
            — Professor, duvido que o senhor sabe o que são falácias.
            Todos caem na gargalhada.
            — Retire-se do local.
            — Por quê? – Pergunta o aluno espantado.
            — Já disse que não era para atrapalhar a prova.
            O aluno sai contrariado, o professor pega sua prova e dá zero. A prova então se encaminha para o fim.
            — O tempo está acabando. Não se esqueçam de colocar o nome. – Diz o professor.
            — Precisa passar à caneta?
            — Não.
            — Pode deixar a lápis mesmo então.
            — Pode.
(...)
            — O tempo acabou. Vou passar recolhendo as provas.
            O Professor passa então de mesa em mesa recolhendo as provas. Mas em uma mesa um aluno diz:
            — Espera só um pouquinho professor.
            O professor espera alguns segundos, enquanto isso outros alunos do outro lado da sala tentam colar, ele então se dirige para eles e diz:
            — Não tentem colar, estou vendo tudo.
            O professor então pega a prova do aluno de modo levemente forçado. O aluno então exclama:
            — Ahh! Não vou tirar a nota máxima só por causa dessa questão.
            O professor corre então contra o tempo: deve recolher as provas, ver se todos colocaram o nome e ainda cuidar para que os alunos não se aproveitem desse momento para passar colas uns para os outros. Enfim o professor aliviado recolhe todas as provas. Pergunta por fim:
            — Todos entregaram?
            Ninguém diz nada. Ele pensa consigo: “se não entregou não entrega mais”.
            — Professor, qual era a resposta da cinco?
            — Não posso dizer.
            — Ué, mas a prova já acabou!
            — É que ele vai dar a mesma prova para outras turmas.
            O professor fica calado.
            — Vai corrigir agora?
            — Não.
            — Ah professor, corrige a minha.
            O sinal toca e liberta o professor daquela sala para prendê-lo à outra e ele vai iludido por um fugaz alívio na distância curtíssima entre uma sala e outra. Olha para a turma e se despede:
            — Tchau pessoal, muito obrigado até a próxima aula, fiquem com Deus.
            — Tchau Professor, vai com Deus. Dá uma força na nota lá professor.
            E essa é a lei da prova tão fixa e tão previsível quanto a lei da gravidade.

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

OLAVO NEM SEMPRE TEM RAZÃO


            Em 2015 escrevi um texto apontando os erros de Olavo de Carvalho contra a Fé. Minha conclusão foi que sua filosofia não é segura. Ninguém [1] até agora apresentou qualquer refutação respeitável contra o artigo em questão. As falhas que apontei são reais e qualquer um pode chegar às mesmas conclusões que eu, caso pare para refletir seriamente sobre as questões que levantei. Desde então não publiquei mais nada no blog sobre o Olavo de Carvalho, por acreditar que já havia dito o suficiente. Para quem ainda não leu o artigo, basta procurar no blog a postagem “Por que a Filosofia de Olavo de Carvalho é Perigosa para a Fé Católica?” Eu reafirmo na presente data tudo o que então disse.
            Falemos agora de uma entrevista dada por Olavo recentemente. Lembrando, não é o conflito que busco, mas a discussão sincera em busca da verdade. Tentarei ser simples e ameno.
            Em entrevista para a “Carta Capital” ele disse certas coisas que me deixaram estarrecido. De boa vontade peço para que alguém me explique o significado de algumas coisas que ele disse, caso seja possível entendê-las de uma maneira favorável. Vejamos:

            Por volta dos 6 minutos ele presta tributo aos erros liberais ao dizer (referindo-se ao movimento “escola sem partido”): “...O termo está errado, o certo é o seguinte: ‘escola com todos os partidos’. Uma escola neutra, esse isentismo é uma ilusão pequeno burguesa, o que tem não é a escola sem ter nenhum partido é a escola tendo todos os partidos estar aberta a tudo é você ter o verdadeiro pluralismo...”  Ele está dizendo aqui (ou não está?)[2] que a verdade deve ter o mesmo espaço que o erro, trata-se de um erro liberal clássico. Absurdo condenado pela Igreja taxativamente, o livro de Lefebvre “Do Liberalismo à Apostasia” prova isso abundantemente. Faço, para exemplificar um raciocínio bem simples em forma de perguntas: o comunismo é uma ideologia assassina, anti-cristã e mentirosa? Resposta: sim. O comunismo e outros erros e heresias colocam as almas em perigo? Resposta: sim. É mais fácil ensinar o erro ou a verdade? Resposta: na maioria esmagadora das vezes é mais fácil ensinar e aprender o erro. Se você concedesse numa escola, ou onde quer que fosse, os mesmos direitos, o mesmo espaço e os mesmos meios para se ensinar o erro e para se ensinar a verdade, qual se sobressairia? Resposta: o erro. Isso é assim porque a natureza humana, devido ao pecado original, tende mais facilmente ao mal que ao bem; mais ao erro que à verdade. Logo, deixar o mesmo espaço para o erro e para a verdade é injusto porque o erro não tem direito algum; é ineficaz porque o erro se sobressairá, já que a verdade é muito mais exigente e difícil de ser obedecida.
            Talvez virão com a falácia de que grandes filósofos católicos se debruçaram sobre os erros e que na Idade Média havia muitas discussões e blá blá blá. O estudo dos erros por parte de filósofos católicos nada tem a ver com essa defesa de “pluralismo”, tem a ver com a extirpação dos erros. O liberalismo acredita que os erros têm o direito de existir e ter o seu espaço; o católico constata que o erro existe e crê que esse erro deve ser combatido e eliminado.
            Por volta dos 12 minutos olha só o que ele diz: “Olha, se o PT tivesse consultado a mim, eu teria dado para eles umas certas dicas... teria salvado o partido, mas são orgulhosos e burros... acham que sabem. Entrevistador: que dicas o senhor teria dado, Olavo? Olavo: Em primeiro lugar teria dado essa: vocês tem que acordar para o fato de que a destruição de todos os valores não fomenta a sua revolução, mas fomenta o grande capital; em segundo lugar: o PT no começo tinha lido muito Raimundo Fauro, o livro ‘Os Donos do Poder’ e chegou à conclusão que o problema no Brasil era o estamento burocrático quer dizer os donos do Estado, mas ao mesmo tempo eles estavam lendo Antônio Gramsci que recomendava a ocupação de espaços. Resultado: eles queriam destruir o estamento burocrático, mas eles com a ocupação de espaços eles mesmos se transformaram no estamento burocrático. Eu teria dito: não faça isso, porque você está lutando contra você mesmo e você vai terminar muito mal, você vai ser odiado, o povo vai vomitar em cima de vocês, como de fato aconteceu. Dava para consertar o PT vinte ou trinta anos atrás? Dava. Agora não dá mais...” Como é possível um aluno do Olavo ouvir isso e não ficar perplexo? Levanto a seguir duas hipóteses para tentar entender o que ele disse. 1- Ele salvaria o PT transformando o PT num partido decente, isto é, mudando a identidade do partido? Caso a resposta seja afirmativa então o PT, seguindo as dicas do Olavo, deixaria de ser um partido comunista. 2- Ele salvaria o PT mantendo o PT como um partido de esquerda? Nesse caso o PT se manteria como um partido de esquerda, mas abandonaria a estratégia de atacar os valores. Parece-me que a segunda hipótese é mais plausível, pois ele diz: “vocês precisam acordar para o fato de que a destruição de todos os valores não fomenta a sua revolução, mas fomenta o grande capital.” Nesse trecho fica claro que a revolução petista seria preservada e a dica seria justamente para que essa revolução não malograsse, ou seja, é como se o Olavo dissesse: “Querem que a revolução de vocês dê certo? Então sigam minhas dicas: parem de atacar todos os valores, etc etc.” Interpretei certo ou não? E agora como fica isso? Se Olavo de Carvalho fosse um bom filósofo não diria coisas desse tipo.
            Tem mais. Um pouco antes dos 26 minutos: “Olha meu filho, vou contar uma coisa para você: eu tenho cinqüenta anos de estudos filosóficos e essa pergunta “deve ser” é a pergunta que eu mais odeio, eu odeio o estudo do dever ser, eu me interesso pelo ser, pelo que acontece. Eu não estou aqui para prescrever regras de moral para ninguém.” Que contradição flagrante! Em primeiro lugar olha a epígrafe que ele escreveu no livro dele “O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota”: “Se você não é capaz de tirar de um livro conseqüências válidas para sua orientação moral no mundo, você não está pronto para ler este livro.” Precisa dizer mais alguma coisa? Precisa sim. Vamos lá. Por volta dos quarenta e um minutos ele diz: “Eu não sou o homem do dever ser eu sou o homem do ser. Pode ler tudo o que eu escrevi, a parte prescritiva ou normativa é ínfima ou inexistente.” O quê?! Os escritos dele são repletos de prescrições diretas ou indiretas. Tanto o “Dever Ser” quanto o Ser fazem parte da filosofia. Pode-se dizer, de modo resumido, que o estudo do Ser é o estudo sobre a natureza das coisas e o estudo do Dever Ser é o estudo do que é o certo e o errado. Ao estudar política, por exemplo, constata-se que as coisas estão de um modo, mas que deveriam estar de outro e as duas coisas devem ser estudadas, isso é claro como a luz do sol. O Estudo da ética, por exemplo, que também faz parte da filosofia, inclui o estudo do Dever Ser e prescreve as virtudes que devem ser alcançadas. Além do mais, toda vez que você aponta que uma coisa é boa você está prescrevendo, aconselhando; bem como, toda vez que você diz que algo é ruim você está aconselhando também, aconselhando para que se afastem do mal, pois está sempre subentendido que se deve fazer o bem e evitar o mal.
            Aí está! Uma entrevista de aproximadamente 47 minutos contendo erros, imprecisões, confusões e contradições. Isso faz parte de uma filosofia segura? Não. Isso é ter razão? Não. Logo, Olavo nem sempre tem razão. Tchau, muito obrigado!
           


[1] Nem ele mesmo, pois tomou conhecimento do artigo e não quis debater de modo aprofundado.
[2] Os malabaristas que o defendem incondicionalmente precisarão de muita habilidade para provar que ele não está dizendo isso.